sábado, 8 de junho de 2013
Críticas / Comentários / Opiniões

ABRIGO SÃO LOUCAS.
Uma peça de humor rasgante, fino e ferino, escancarando a desfaçatez e a subserviência ao poder das mulheres da elite piauiense (como de qualquer outro lugar). Não bastasse o seu talento como encenador, Arimatan Martins estava inspirado quando botou no papel um texto que é a cara da elite brasileira, aqui retratada na figura de três mulheres ex-primeiras damas piauienses, decadentes, despudoradas e odiosas. O ator Francisco Pellé se encaixa perfeitamente no perfil da mulher da elite dos últimos 12 anos, quando a esquerda chegou ao poder e escorregou na gamela. Francisco de Castro é o próprio retrato do desprezo e desfaçatez da branca granfina, que não suporta pobre e vive para as suas joias e lembranças de um passado sem ética e egoísta. Fernando Freitas consegue passar uma carga de sexualidade indecente, como se não coubesse em si, a ponto de ter que recorrer a "bombinhas" de asmática, sempre que se lembra do sabor sacana de um passado de glória e infâmia. A piada final é uma delícia purgativa, quando a plateia se regenera ao constatar que as três são de fato loucas e, assim, reconduzidas às suas clausuras de um hospício tradicional. O espetáculo provoca gargalhadas de vingança, e é uma delícia. Recomendo.
DURVALINO COUTO - Publicitário, poeta, músico, compositor, ator, locutor, diretor de criação e redator publicitário, participou de algumas realizações.
Data: 08 de Março de 2014 - FACEBOOK
https://www.facebook.com/durvalino.couto?fref=ts
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“Façam do domingo de vocês um início de semana boníssimo... Vá conferir este espetáculo. Um show de humor enxuto, que não agride e faz a gente rir muito. Um texto encantador do Arimatan Martins que nos faz viajar numa história recente piauiense, nos trás de volta a atualidade e proporciona momentos saudosos, lembrando-nos de pessoas especiais, nos atirando críticas sociais e políticas sem, necessariamente, ferir ninguém... Muito bom. Sem falar no amor à dramaturgia escancaradamente demostrado pelos atores Pelé, Castro, Fernando e equipe com o fino trato que deram e dão a cada personagem, cada posicionamento, cada foco de luz, cada som, figurino.... Êita! Tô apaixonado. Espero vc lá no Espaço Trilhos”
9 de fevereiro/14, às 15h40 – FACEBOOK
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Alex Matos - Trabalha na empresa BAR PUB24
5 de setembro/13 às 12:46 - FACEBOOK
"A peça é show demais. Já assisti duas vezes e amei. Recomendo-a a todas as pessoas que gostam de uma boa comédia. Está de parabéns a equipe".
Marlane Sepulvida - Secretária executiva na empresa Salamandra Construção e Planejamento
4 de setembro/13 às 15:22 ·- FACEBOOK
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Marlane Sepulvida - Secretária executiva na empresa Salamandra Construção e Planejamento
4 de setembro/13 às 15:22 ·- FACEBOOK
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"um luxo de exercício de ator"
Maneco Nascimento - Ator, radialista, estudante de jornalismo
7 de setembro/13, às 11;17 - FACEBOOK
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"A peça é linda mesmo! Parabéns ao grupo. Já vi duas vezes e cada vez é mais impactante".
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"Absolutamente maravilhosas! "Abrigo São Loucas" é uma otima peça de teatro, com uma visão critica perspicaz da histeria politica do Piaui (e muito certamente do Brasil). O texto mordaz espelha os desvaneios e absurdidades dos arrivistas que usam o voto (e a boa fé) do povo para seus fins de ascenção social, assim como para encobrir a decadência das grandes familias locais. A dramaturgia, que a principio parece regionalista fazendo identificavel o nome de pessoas (politicos) reconhecidos pelo publico, poderia cair na critica vulgar - até mesmo por serem as "primeiras damas" representadas por atores. Porém, este artificio de aproximação e realismo, vai-se aos poucos se desfazendo deixando aparecer os argumentos teatrais. Mesmo a abordagem dramatica (monologos sobrepostos, poucos dialogos) que no começo parece "simplista", revela-se com o humor e a excelente interpretação, como sendo uma escolha de despojamento para que o excesso de artificios não distancie o publico da função reflexiva do texto. E o final, quando o contexto do jogo se associa à patologia social para dar nome ao espetaculo, retornando a realidade ao delirio teatral, fecha com toque brechtiano a distancia entre criação e a vida. Com este espetaculo o Grupo Harém traz um novo testemunho de resistencia lucida ao sofrido processo cultural do Piaui. Bravi!"
1 de setembro/13 às 22:22 - FACEBOOK
Chico Terto - Mestre em “Psicologia da Arte” e diplomado em “Psicologia”;
Teve na sua formação na formação teatral personalidades como Sergio Britto e Amir Haddad;
No Rio começaram seus estudos sobre o Tango Argentino e outras danças de casal. Em 1983 transferiu-se para França onde continuou suas pesquisas sobre as danças do mundo, e aprofundou seus conhecimentos sobre a Psicanálise e a Análise do Movimento (Laban, Feldenkreis, Alexander) e de lá, partiu para a Índia onde estudou as danças indianas, para o Egito (dança oriental) e África. Impregnado desta vasta experiência, Chico Terto criou seu próprio método: Dança Orgânica, que busca desenvolver através da Psicologia e da Arte a capacidade expressiva dos indivíduos.
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Sérgio Noronha - Estudou na instituição de ensino Curso Livre de Teatro - UFBA
Benicio Bem - Cantor, compositor e músico.
14 de agosto/13 às 09:49 - FACEBOOK
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Trecho da entrevista de Marcelo Evelin, bailarino, coreógrafo, diretor, pesquisador e professor de improvisação e composição à Revista Revestrez, Edição 8, 2013.

Marcelo Evelin - Eu acho que o Harém fez agora uma peça muito boa (Abrigo São Loucas), justamente porque é simples. Então eu tô achando que é bom o Pellé e o Ari (Arimatan Martins do Grupo Harém de Teatro) não terem dinheiro, sabe? Porque aí as pessoas têm que inventar, dar um jeito....
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Ficha certa
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"Excelente trabalho! Muito Bom! Estão de Parabéns!"
Sofia Raposo: Atriz, produtora Artística com especialização em Realização Plástica do Espetáculo.
Almada - Portugal
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"Recomendo demorei mas fiquei totalmente envolvida com a grandeza desse atores e do Mago Arimatan. Sempre" .
Soraya Guimarães - Produtora cultural, trabalha na empresa Navilouca Produções
e proprietária do Castelli Buffet
5 de setembro/13 às 22:45 - FACEBOOK

"A peça é linda mesmo! Parabéns ao grupo. Já vi duas vezes e cada vez é mais impactante".
Erica Fontes - Professor of English na empresa UFPI
4 de setembro/13 às 15:32 ·- FACEBOOK
“é de morrer de rir, 3 feras da comédia: Pellé, Castro e Fernando”
Amauri Jucá - Ator, produtor e humorista.
07/set/13, às 20h45 - FACEBOOK
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1 de setembro/13 às 22:22 - FACEBOOK
Chico Terto - Mestre em “Psicologia da Arte” e diplomado em “Psicologia”;
Teve na sua formação na formação teatral personalidades como Sergio Britto e Amir Haddad;
No Rio começaram seus estudos sobre o Tango Argentino e outras danças de casal. Em 1983 transferiu-se para França onde continuou suas pesquisas sobre as danças do mundo, e aprofundou seus conhecimentos sobre a Psicanálise e a Análise do Movimento (Laban, Feldenkreis, Alexander) e de lá, partiu para a Índia onde estudou as danças indianas, para o Egito (dança oriental) e África. Impregnado desta vasta experiência, Chico Terto criou seu próprio método: Dança Orgânica, que busca desenvolver através da Psicologia e da Arte a capacidade expressiva dos indivíduos.
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"Depois de um tempo longe dos amigos e da real necessidade de estar por aqui, além da arte, ontem fui agraciado com mais um espetáculo do Grupo Harém, de certo que eu já havia falado da peça "Abrigo São Loucas", no entanto quando nos encontramos como fiel espectador de um bom teatro, bem interpretado e encenado, é que e fato vemos o quão é importante estarmos aqui para prestigiar e sempre, sem contar com a primazia do texto do iluminado direção inteligente de Arimatan Martins. Parabéns mesmo meninos e obrigado: Francisco de Castro, Francisco Pellé Vieira, Fernando Freitas Freitas...e claro Arimatan e toda equipe Harém...bjs".
14 de agosto/13 às 18:46 ·- FACEBOOK
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"Muito bom".
14 de agosto/13 às 09:49 - FACEBOOK
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Trecho da entrevista de Marcelo Evelin, bailarino, coreógrafo, diretor, pesquisador e professor de improvisação e composição à Revista Revestrez, Edição 8, 2013.

Marcelo Evelin - Eu acho que o Harém fez agora uma peça muito boa (Abrigo São Loucas), justamente porque é simples. Então eu tô achando que é bom o Pellé e o Ari (Arimatan Martins do Grupo Harém de Teatro) não terem dinheiro, sabe? Porque aí as pessoas têm que inventar, dar um jeito....
REVESTREZ. Marcelo Evelin. "Eu sou o Cabeça de Cuia: ninguém gosta, mas é nosso emblema". Junho 2013. Revestrez. Pág. 16. Entrevista concedida a Samária Andrade, André Gonçalves, Luana Sena, Liliane Pedrosa, Maurício Pokemon e Eugênio Rego.
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ESPETÁCULO
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DATA
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VEÍCULO
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ESTADO
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COLUNA
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ABRIGO SÃO
LOUCAS
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16/04/2013
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BLOGSPOT.
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PI
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Leia-se
|
|
Disponível em
|
http://manekonascimento.blogspot.com.br/
|
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Ficha certa
por maneco nascimento
Maneco Nascimento, ator, radialista, formado em letras português, estudante de jornalismo -ufpi
O Grupo Harém de Teatro está em
novas temporadas e novas fichas tiradas do jogo da cena premeditada. Abriu
temporada nesse mês de abril, na Sala Torquato Neto - Complexo Cultural Clube
dos Diários/Teatro 4 de Setembro, às 20 horas, com o espetáculo“Abrigo
São Loucas ou Três Personagens à Procura de Um Aqué”, com texto e
dramaturgia de Arimatan Martins.
A temporada de sexta, sábado e
domingo iniciada dias 12, 13 e 14 de abril, segue nesse próximo
final de semana, 19, 20 e 21 e finaliza dias 26, 27 e 28, com o tema teatro e
política, na esteira da trilogia hareniana que prospecta, desde o ano passado,
montagens de textos autorais. Do projeto, já estrearam dois
vértices da trilogia: “Macacos me mordam – A Comédia” (teatro e
ciência) e “Abrigo São Loucas...” (teatro e política). Para 2014 está planejada
a estreia de “A Revolta das Barbies” (teatro e comportamento).
Em temporada nesse abril, “Abrigo
São Loucas ou Três Personagens à Procura de Um Aqué” é peça que repercute
o desenredo de três Marias (Maria de Castro, Maria Fernanda e Maria Francisca) que
revivem as memórias de tempos áureos (à sombra das administrações
de seus maridos, chefes do poder executivo local),enquanto preparam o
primeiro encontro de ex-primeiras damas.
O Harém já conhece o “mètier” de
fazer rir. Entre o histriônico, a picardia e o humor cáustico, o
escatológico e a comédia da crítica de costumes, realiza sua dramaturgia de
lazer, entretenimento e fomentação do teatro de propósitos que vem perseguindo,
há pelo menos 26 anos, desde que resolveu trazer o homem brasileiro ao centro
da cena. Não faz feio, na média faz mídia e aposta nas
respostas colhidas de seu público fiel e seguidor.
Com “Abrigo São
Loucas...” reinventa a velha fórmula hareniana de colher o riso e
reformular a plateia do gargarejo, sem cair no lugar comum do riso pelo riso,
fácil.Repete um mote, já de domínio da cena e de recepção de público, e
vai à luta para não perder o fio da “meágua”. O texto tragicômico, de
Arimatan Martins, não só é inteligente, mas venal quando o assunto é político
para refletir os velhos costumes da sociedade brasileira de política
fisiológica, nepótica e de cultura de prevaricação.
O autor e sua dramaturgia
tratam, de forma brincada, sobre temas que nem sempre ganham recorrência na
cena local, haja vista os aldeões estarem presos aos costumes de fingirem
amenidades e manterem-se no ciclo dos favores e jeitinhos brasis. A trama
quebra as barreiras do cínico e das imodéstias oficiais e revela como seriam as
reais fibras do coração, nos bastidores oficiais, dos negócios públicos da
política da aldeia local.
As Marias
representadas por Francisco de Castro, Fernando Freitas e Francisco Pelé
encarnam o melhor exemplo de como se mantinham os negócios, com recursos
públicos, antes da Lei de Responsabilidades Fiscais. As ex-primeiras
damas vivem das memórias do tempo em que corriam leite e mel das contas
públicas até suas ações sociais "dedicadas" ao povo necessitado.
As composições das personagens
estão bem distribuídas entre as identidades dos atores e suas características
próprias, emprestadas as suas Marias.
Maria de Castro (Francisco de
Castro) carrega consigo sua herança de berço e etnia colonial
branca. Maria Fernanda (Fernando Freitas), a
emergente, traz traços de cepa indígena e alçou status sócio-econômico às
custas de um , talvez, passe de Cinderela do agreste e concursos de misses
frutas regionais típicas. Maria Francisca (Francisco Pelé) é
a representante das classes populares, ascendeu de família humilde, a
afrodescendente, catapultada das periferias nacionais, tornando-se uma, agora,
ex-primeira dama.
O enredo é desenvolto,
dinâmico e muito, muito divertido. Dividem, em hipótese confirmada, um
marido ideal, que morre e deixa-as com as dívidas e problemas advindos dos
negócios escusos no serviço público rentáveis. Emanuel Andrade, o
partner, enfermeiro, marido e defunto de cada velório, torna a viuvez das
Marias muito + engraçada, quando representa o marido morto.
Maria de Castro consegue
compor-se, através de F. Castro, a uma mulher com lapsos de muito rica, diva e
heroína popular ao “mètier” habitual. Tira boas risadas da plateia. Maria
Fernanda, transmutada à vida através do ator F. Freitas, está muito à
vontade para os rompantes e gagues eficientes, marcas e silêncios impactados
por máscaras tragicômicas e falas no toque do doce. Tem muito carisma e detém
atenção concentrada da plateia que a segue com fervor, por conta da simpatia
desvelada na pele da ex-primeira dama, emergente.
Maria Francisca, a
de F. Pelé, está muito na dela e na onda histriônica do intérprete criador.
Revive meneios e tiradas de efeito de riso certo. Tempo de falas, batata.
Carrega consigo os vícios e virtudes do construtor da personagem, mas com
eficiência de manter a cena quente e reverberar não só memórias da cena local,
como reiterar seu teatro distanciado e quase no desdém ao maior esforço. Talvez
marca de qualidade. Não compromete o conjunto, alia emenda ao ato funcional.
Cenas impagáveis do
espetáculo são: os velórios dos maridos de cada viúva e a preparação do
primeiro encontro de ex-primeiras damas. Cada uma delas com solo
bem curtido e defendido como arte do ator e sua cena. Sagacidade de dramaturgia
e práxis científica de teatro bem equilibrado.
O desfecho do espetáculo ganha a
cena planejada durante todo o cerco preparado em “Abrigo São Loucas...”. Arimatan
Martins, Francisco de Castro, Fernando Freitas, Francisco Pelé e Emanuel
Andrade douram nova pérola aos palcos locais. Acertam o olho da mosca.
Ri quem quer, torce o nariz quem nunca entendeu a linguagem hareninana, mas
livre arbítrio é tarefa humana.O Harém de Teatro arbitra
teatro vivo, “doelha a quem doelha”. Os riscos de repertir-se são da própria
natureza e, como disse Pelé, a trilogia é o novo brinquedo do Grupo, depois
voltará a fazer peças sérias. Agora é bater mulas rumo ao teatro praticado, no
palco, sem tratados e teorias do fingimento. Só teatro pelo teatro, para
gregos, troianos e aldeões da cena nacional. É ficha certa!






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